Núcleo Espírita Hugo Gonçalves
Corria o ano 1993, no ambulatório do Hospital Evangélico, uma senhora muito humilde, moradora de uma favela de Londrina relatava ao médico, Dr. José Antonio Vieira de Paula as dificuldades que passava com sua família: seu marido e os dois filhos. Pronto para atendê-la, em suas doenças da matéria, o médico ouvia com paciência relatar também as angústias de sua alma cansada. As precárias condições de vida, a falta de recursos básicos à sobrevivência, a fome, o frio, a miséria, os abandonos tocaram profundamente o coração daquele seareiro da Doutrina Espírita.
Ao final da consulta Dr. José Antonio, compadecido, ficou com o endereço daquela senhora, prometendo que assim que voltasse de uma viagem que faria para cidade de Sacramento, no feriado de 07 de setembro, veria o que poderia fazer para ajudá-la.
Lá em Sacramento, ainda no hotel, enquanto esperava o ônibus para as peregrinações pelas terras de Eurípedes Barsanulfo, José Antonio conheceu uma pessoa de São Paulo. O novo amigo chamava-se José Bornato. Ele relatou que tinha fundado, há poucos meses, uma Casa Espírita de Assistência. A casa se chamava “BELÉM – A CASA DO PÃO”. O nome fora sugerido pelo estimado médium CHICO XAVIER, de quem Bornato era íntimo. Belém, porque era assim que se chamava a cidade onde nasceu Jesus, e na língua palestina, naquela época, o nome Belém queria dizer exatamente “A CASA DO PÃO”.
Na viagem de volta para casa, felizes e renovados nos propósitos da doutrina, surgiu entre os amigos da excursão a ideia de montar uma nova casa de assistência nos moldes da Casa do Pão. Foi neste momento que o Dr. José Antonio se recordou daquela sofrida senhora que atendera dias antes em seu consultório. Ele e o amigo João Felizardo encontraram a casa dela na favela Paraíso, e com um grupo de amigos começaram a visitar também outras famílias, levando a mensagem da Doutrina Espírita, sempre acompanhada de um chá e pão com manteiga.
No início eram apenas o Dr. José Antonio juntamente com sua esposa Nica, João Felizardo e Beatriz, Dr. José Gonçalves, Dra. Lucia Beatriz e Vanda. De porta em porta, todas as casas da favela eram visitadas. No início, os moradores ficaram um pouco assustados, afinal a vida tinha lhes ensinado a acostumar-se mais com o abandono e a indiferença.
Posteriormente, já familiarizados com a comunidade, os mensageiros da Terceira Revelação percorriam todos os barracos, onde entravam, faziam a leitura do evangelho, oravam juntos e ao final compartilhavam o chá com pão.
Aos poucos, o trabalho foi aumentando, passando a despertar interesse de outros moradores do Jardim Paraíso e do conjunto Milton Gaveti. Foi quando o grupo se deu conta de que, apesar de já iniciado, o trabalho precisava se organizar e era preciso um lugar para que a casa pudesse existir e se estruturar de verdade. Neste momento, nossos pioneiros estavam diante de um grande desafio. Uma empreitada ainda maior estava por vir.
Seria preciso muita persistência, sacrifícios e renúncias. Havia muitas dificuldades e apenas uma certeza: que a Espiritualidade amiga não iria deixar desamparados os trabalhadores de boa vontade, muito menos, aquela comunidade que eles tanto queriam ajudar. E a resposta veio logo. Uma voluntária, sabendo do trabalho, resolveu ajudar oferecendo uma quantia em dinheiro que daria para comprar parte do necessário. Com ela, o grupo comprou uma pequena casa ainda em construção. Quanto ao resto da obra dependeria da abnegação e dos sacrifícios de cada um. Graças a Deus não faltou coragem para enfrentar os obstáculos, e os voluntários puseram-se ao trabalho.
Graças ao esforço destes trabalhadores, surgiu, no bairro Pacaembu II, “BELÉM – A CASA DO PÃO”, como um departamento do Centro Espírita Allan Kardec, de Cambé.
O tempo passou e o trabalho continuou crescendo cada vez mais. Um ano após, começaram a servir sopa. Depois veio a distribuição de remédios, agasalho, e mais tarde, surgiu o trabalho “Maria de Nazaré”, de auxílio às gestantes.
Em 1999 a Prefeitura de Londrina transferiu as casas das famílias para o bairro São Jorge, e foi quando o grupo entendeu que a “CASA DO PÃO” já preenchia todas as condições de um Centro Espírita completo. E aí foi criado o “NÚCLEO ESPÍRITA HUGO GONÇALVES”.
Domingo
9h45min:
Palestra e passe
Evangelização Infantil
1º e 3º domingo
8h45min:
Estudo de obras espíritas
4º domingo
9h45min:
Seminário de obras espíritas
Quinta-feira
20h:
Grupo mediúnico
Sexta-feira
19h:
Palestra
19h30min:
Sopa para a comunidade
Sábado
14h:
Palestra e Fluidoterapia
15h:
Reunião Mediúnica